quito dívidas passadas com presentes silenciosos.
tenho pés de plumas
quando preciso ousar batidas íngremes,
percebe?
tenho vigas firmes nas sensibilidades ressentidas,
mas nem mais choro.
eu que aprendi a gostar de rímel.
não, não é escapismo,
é um olho alongado enfeitando um calo de vida.
pra minhas amarguras,
essas aí,
adoço vozes.
eu amarga que não falo "argh".
falo "eca" a morrer de rir.
eu assim,
que descubro diariamente pintas e estrelas,
enquanto enterro,
persistentemente,
meus mortos vivos.
não há outro jeito:
o meu escárnio se revela sorrateiramente,
na aparência frágil e inocente.
sou caçador em pele de cordeiro,
mas tenho um lobo-star no meu espelho
(autografado).
eu foda.
aprendi a gostar de rímel.
e de mim.
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