enquanto a noite dorme,
esquecida de amanhecer suas palpébras,
ele acorda enorme
gangorrando em móbiles luzidas:
sirius, mirgel, gacruz, albedaran.

despenca assim, mole e fofo,
ele nas minhas premeditadas nuvens.
eu deixo pulos com as caras tais,
espelho de suas estrelas,
dois olhos a mais.

constelações invento, limpo o céu com vento.
assopro.
em mim, ele estrela completa:
seus olhos em zodiacal traçado de um destino.
eu vivo.
com ele.

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