o último dia de oitenta e dois anos
pow,susto,susto,susto,pow
assusto choro,
"oh meu bem,nem"
choro convulso
amor expulso
eu sem asa
eu sem casa
e de repente ele não me ama
e de repente é só ternura
me odeie então, doçura.
bares fechados no domingo
ele ante ontem me sorrindo
danação.
sinais abertos,carros espertos
eu sobrevivo do outro lado
interfones, porteiros, ponteiros
alguém me atenda
não está, não mais dá
ela está
ela fala com jeito cereja
da dureza disso tudo
"não, não, não quero cerveja"
ela me dá suco de maracujá
"ele agora onde está?"
na praça em que ele me deixou
tinha um show: vozes, violas, flautas
aquela canção...noite alta
madrugada corre e meu peito salta,
salta, salta, salta e puxa o cobertor,
grita e sopra tudo que é meu:
"lembra, lembra, lembra, lembra?"
eu lembro meu bem,
mas o que adianta
se seu amor te esqueceu?
dorme dorme que amanha tem sol enorme[eu pedi]
quem sabe você se redescobre?
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