querido,
hoje coloquei para quarar na grama sóverde
o enxoval nosso amarelovelho.
tão bonito ele é, que só de olhar
eu te amo mais.
sonhei pela noite antiga com uma cama branca,
tão branca quanto a sua lívida testa molhada
naquele dia dentro do rio.
esse mesmo rio onde hoje, ainda antiga,
lavo minhas saudades.
o mesmo rio que me salva em alvuras
ou que eu salvo, sustentado que é pelas minhas dores.
mas hoje tenho o rosto seco
e nele um sorriso firme
que se esgueira entre os varais de vento.
se você pudesse ver...
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